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sábado, julho 03, 2010

Casos de Aids crescem no Interior do Estado de Sergipe

Maior incidência é registrada em mulheres casadas


O número de casos de Aids tem crescido em Sergipe, principalmente no interior do Estado, de acordo com o coordenador do Programa DST/Aids, Almir Santana. “Atualmente são 2.300 casos, na maioria mulheres casadas que residem em cidades de menor porte e que descobrem a doença de forma tardia”, revela.

Santana pontuou que um dos maiores problemas é o diagnóstico tardio, o que gera dificuldades no tratamento. “O remédio para o tratamento existe e é de fácil acesso, mas a descoberta geralmente está acontecendo já no Hospital de Urgência de Sergipe [Huse], quando a paciente já apresenta o estado avançado”, explica Almir.

Segundo o médico, o aumento dos casos entre as mulheres acabam gerando outro agravante. “A maioria das mulheres vive em estado de pobreza e tem de três a quatro filhos, o que irá provocar outro problema social”, alerta.

DST.

Postos de saúde distribuem gratuitamente o preservativo
Almir Santana também avisou que o aumento dos casos de DSTs se estende a todo o Estado. “O Papiloma Virus Humano, chamado HPV, também tem aumentado e a nossa preocupação é que a depender do tipo ele pode provocar câncer de útero ou no pênis”, acrescenta.

O médico ainda salientou a importância do uso de camisinha e da resistência das mulheres em conseguir o preservativo em postos de saúde. “A maioria delas tem vergonha de pegar as camisinhas nas unidades de saúde por causa da burocracia imposta, ou por acharem que por serem casadas não precisam usar o preservativo”, explica.

Campanha.

Campanhas são intensificadas durante o período de festas.
No período junino a Secretaria de Estado da Saúde (SES) está intensificando a campanha de prevenção. “Produzimos um vasto material informativo, que está sendo disponibilizado para todos os municípios onde existe comemoração dos festejos juninos. Além disso há a distribuição de camisinhas em pólos como a Orla de Atalaia e a praça dos mercados, aqui em Aracaju”, informa.

Almir Santana disse, por outro lado, que não há comprovação do aumento de casos após o período de festas. “É bom que as pessoas entendam que as campanhas são intensificadas durante festas porque estas comemorações conseguem concentrar um grande número de pessoas”, disse.
Com informações de Alcione Martins e Kátia Susanna do Infonet.

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