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domingo, novembro 14, 2010

Se Déda perder o mandato a culpa será dele mesmo e de Chico Buchinho



Venâncio vê como injustiça Chico Buchinho querer jogar a culpa no radialista Gilmar Carvalho


Por Joedson Telles



O líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), afirmou na manhã desta quarta-feira, dia 10, que, caso o governador eleito Marcelo Déda (PT) e o seu vice, Jackson Barreto (PMDB) percam seus mandatos, como deseja a Procuradoria Regional Eleitoral em Sergipe (PRE/SE), ao acusá-los de utilizarem a residência oficial de forma eleitoreira, caracterizando, assim, um crime eleitoral, a culpa será não apenas do próprio Marcelo Déda como também do seu secretário de Articulação Política, Chico Buchinho. Venâncio vê como uma grande injustiça Chico tentar jogar a culpa no radialista Gilmar Carvalho, que cumprindo seu ofício de comunicador, veiculou em seu programa de rádio, na Ilha FM, a gravação do evento realizado no Palácio de Veraneio para cerca de 300 aliados do governador.



Segundo Venâncio Fonseca, na época do almoço, a oposição preveniu que Déda teria problemas, mais cedo ou mais tarde. "O primeiro ato de Chico Buchinho como secretário de Estado: um presente cruel deste para o governador. Agora, quer transferir para Gilmar Carvalho? Ah, não. Chico Buchinho e o próprio governo têm que assumir que erraram. Gilmar é um profissional do rádio. Foi feito algo de errado por lá (Palácio de Veraneio), para não poder ser divulgado? Foi cometido algum crime, que não poderia ser exposto? E aí? São as perguntas. Chico Buchinho diz que foi Gilmar Carvalho quem pagou pela gravação. Agora, quem cometeu o crime eleitoral? Não adianta: foi o governador que usou a estrutura governamental para fazer campanha antecipada para uma reeleição", lembrou.



Venâncio insistiu que o radialista Gilmar Carvalho apenas divulgou os fatos. E não os criou. "Vamos dizer que ele tenha até mandado gravar. Para mim, não foi ele. Mas vamos dizer que ele tenha mandado gravar: vossas excelências (Déda e Chico) deveriam ter frustrado o mandante da gravação, se não tivesse cometido nenhum crime eleitoral. Iriam divulgar o quê, se não houvesse crime eleitoral? Se querem triturar o radialista Gilmar Carvalho porque ele ficou na primeira suplência (Gilmar ficou entre os 24 candidatos a deputado estadual mais votados. Porém, vítima da legislação eleitoral vigente, acabou na suplência, mesmo obtendo mais votos que outros deputados eleitos), e querem como desculpa para que ele não assuma a Assembleia Legislativa essa gravação, é injusto. Não façam isso. Se algo acontecer, o culpado foi Chico Buchinho, idealizador do convite, e o governador que fez a campanha eleitoral", assegurou.



O deputado salientou ainda que Déda e Chico Buchinho precisam provar que a gravação é falsa. Que a voz que se escuta não é a do governador. "Está lá a voz do governador do Estado pedindo voto. Dizendo que vai para uma reeleição. No Palácio do Governo, num almoço regado àquele banquete, com direito a camarão pistola e tudo. A gente (a oposição) vai fazer um comício: pense o sofrimento. No sol. Na feira... Sua excelência no Palácio. Sentadinho no ar-condicionado. Com toda mordomia. E quem pagando? Nós. E quem vai ser crucificado? Gilmar. Está errado. Se o governador não se pronunciar é porque concorda com a injustiça de Chico Buchinho. O resumo disso chama-se impunidade. Aconteceu na outra eleição, o governador foi julgado e absolvido à véspera da eleição. ‘Passo os quatro anos do mandato, e não deu em nada, faço de novo. Se der processo, sabe quando vão me julgar? Dentro de quatro anos. Aí, já me afastei para ser candidato a senador'. E ganha usando a máquina e a imunidade", lamentou Venâncio.



Da redação Universo Político.com

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