Diógenes Brayner
Para o período de 2011 a 2014 pinta um novo cenário político em Sergipe. Não precisa ser nenhum cientista para perceber isso. As mudanças que estão por vir é perceptível, clara, palpável até. É cedo para fazer qualquer tipo de futurismo em relação à “quem será o quê”. Mas é legitimo que se veja, com certa clareza, o que pode ocorrer a partir de fevereiro. Três segmentos políticos estão definidos, embora dois deles neste momento estejam unidos. Um tem a liderança forte e absoluta do governador reeleito Marcelo Déda (PT) no Executivo. Outro bem estruturado e sob a batuta do empresário Edvan Amorim, que executa uma política com o viés empresarial. E uma terceira, ainda em formação, de oposição, que tenta reformular conceitos e se enquadrar num formato mais avançado, que atraia os descontentes com a situação.
Os dois segmentos que hoje transitam harmoniosamente no espaço político sergipano, continuarão assim até que um tente ultrapassar o limite demarcado pelo outro. Déda é o governador do Estado pela vontade do povo e não se curva a imposições que agridam de alguma forma os seus objetivos e convicções. Já demonstrou isso claramente. O grupo liderado por Edvan Amorim, que reúne vários partidos e um número significante de militantes, não pretende estacionar com a eleição de um senador, alguns deputados estaduais e federais. Quer ir muito além e está correto em tudo. A força de Amorim é vista em gestos simples e solenes, como nas solenidades de posses da nova presidenta da Assembléia Legislativa, deputada Angélica Guimarães (PSC) e do novo conselheiro do Tribunal de Contas da União (TCE), Ulices Andrade, que agradeceram especialmente a ele (Edvan) por estarem ocupando novos cargos e funções
O empresário Edvan Amorim (PR) está redesenhando o poder político do Estado. E faz isso com a perfeição com que uma aranha tece as suas teias. É uma autoridade sem título. A ele se obedece dentro da mesma proporção com que cumpre aquilo que promete. A sua visão não tem só o Senado como horizonte, mas Prefeituras, inclusive de Aracaju, Governo do Estado e tudo o mais que for possível para aumentar a sua força, que não se segura em ideologias ou projetos que mudem os destinos de um povo, mas no Poder. Amorim opera a política como uma estrutura de força sem limite. A impressão é que vai chegar lá. Não se pode negar: é um fenômeno. E, se houver necessidade, ele passa por cima para alcançar os objetivos já traçados e definidos. Se tiver à mão o Poder Legislativo, como pretende e vai conseguir, pode controlar e até discutir atos do Executivo e não aprová-lo se não for conveniente ao que projetou para o futuro. Tem representação para isso...
A primeira prova de fogo será 2012. Edvan Amorim já tem definido o seu candidato a prefeito [é provável que desminta]. Se o nome do governador Marcelo Déda for outro, não tem problema, vão para a disputa. Lógico que podem fazer uma composição, desde que Edvan pressinta que um recuo equivale a um avanço duplicado. Se não houver esse entendimento, terá o confronto. Com um detalhe: Edvan Amorim é pragmático e pode se unir ou não à oposição. Perde quem não tem a postura da vulnerabilidade que dá resultados. Em 2014, o PSC tem sim candidato a governador do Estado [Teria esse ano caso percebesse que Eduardo somaria mais votos que Déda]. O que é absolutamente legítimo. Os partidos existem em busca do Poder. Enfrentará quem quer que venha, com o governador Marcelo Déda saindo para disputar o Senado ou permanecendo para fazer o seu sucessor. Isto está decidido e, como disse no início, o cenário será outro completamente diferente, dentro das coligações que se formarão. Todos vão ver...
Alguém pode dizer até que estou querendo fazer intrigas. Não! Basta refletir e ver que a análise está baseada nos fatos que estão acontecendo à luz dos olhos de todos...
BOM AVISO
O governador Marcelo Déda (PT) tuitou um “aviso aos navegantes” sobre a cirurgia para correção de uma hérnia. Deveria ter sido feita antes.
A informação foi “para evitar boatos e especulações”.
SEM RISCO
Marcelo Déda confirma informação divulgada na sexta-feira por Plenário, de que a “cirurgia é simples e a recuperação será no máximo de 48 horas”.
A cirurgia aconteceu neste sábado pela manhã e foi tubo bem.
EM DESCANSO
Logo após a cirurgia, o governador Marcelo Déda passa 15 dias de férias e reassume para dar início à montagem de sua nova [velha] equipe.
Déda vai a uma praia nas proximidades de Aracaju.
CONVERSAS
Marcelo Déda não dará expediente, mas a expectativa é que ele inicie os primeiros passos para a montagem dos próximos anos de Governo.
Terá conversas com lideranças e auxiliares mais próximos.
SAMARONE
Palavras do secretário da Saúde do Município, Antônio Samarone (PDT), quando disse ao funcionários que pediria demissão do cargo, depois de redigir carta ao prefeito.
- Não tenho mais saúde para tomar conta da Saúde.
DESENTENDE
Antônio Samarone, como secretário da Pasta, entrou em atrito com os vereadores, inclusive da bancada, que fazia diversas queixas sobre a Saúde no município.
Havia um encontro com vereadores na sexta-feira e ele não quis participar.
DESABAFO
De um deputado eleito já chateado: “os donos dos partidos esquecem que o parlamentar que se considerar prejudicado pela legenda, pode pedir para sair”.
- Estamos esperando apenas a janela de saída, disse.
CONTRA-MÃO
A bronca do deputado é porque “um dono de partido tem ameaçado tomar o mandato, em caso de qualquer desobediência às suas determinações”.
Acha que o parlamentar também pode provar que o “dono” está na contra-mão da sigla
SERÁ SINAL
Pelo menos três deputados, do mesmo bloco, não compareceram à posse da colega Angélica Guimarães (PSC), na Assembléia Legislativa.
Zeca da Bomfim (PSC), Susana Azevedo (PSC) e Paulinho Hagenbeck (PTdoB).
EM VIAGEM
A informação é que os três deputados faltaram porque estavam em viagem: “ninguém está tão longe que não possa vir à posse da presidente da Assembléia”, disse um parlamentar.
Angélica é candidata a permanecer no cargo...
ROBSON
O vereador Robson Viana (PT) tem o apoio de Jackson Barreto (PMDB) e tenta o de Edvan Amorim (PR), para disputar a Presidência da Câmara.
Contando com os dois políticos, Robson acha que chega lá.
CONVERSA
Os deputados federais Albano Franco (PSDB) e José Carlos Machado (DEM) terão uma conversa neste domingo e vão tratar sobre a atual conjuntura política.
Os dois querem debater os novos rumos da oposição.
OPOSIÇÃO
Tanto Machado, quanto Albano concordam que a oposição tem que se movimentar mais, formar um bloco coeso e ter um discurso único no Estado.
Ambos defendem uma oposição de resultados...
SÓ JOÃO
No entendimento de um parlamentar do DEM, o ex-governador João Alves Filho é o nome do partido para disputar a Prefeitura de Aracaju.
Acha que o momento é bom para ele na Capital.
ROGÉRIO
O processo de Rogério Carvalho (PT), que obteve 116 mil votos para deputado Federal, continua no gabinete do ministro Arnaldo Versiani, do TSE.
A decisão vai sair no decorrer desta semana.
segunda-feira, novembro 08, 2010
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