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quarta-feira, dezembro 09, 2009

Gilmar pede pelo sargento Mendonça, cobra carga horária e enaltece elucidação do assassinato de Tonho Cabaré

Na sessão desta quarta-feira (9), o deputado estadual Gilmar Carvalho (PR) fez pronunciamento, durante o grande expediente, para fazer um apelo ao comando da Polícia Militar e também para reconhecer o trabalho que vem sendo feito pelo delegado de polícia do município de Itabaiana, Marcelo Hercos, juntamente com sua equipe. Sobre o primeiro assunto, o parlamentar relatou que o sargento Ataíde Mendonça se recusou a atender uma determinação da direção do Presídio de Nossa Senhora da Glória, por entender ser equivocada e não ter respaldo legal, e foi colocado no isolamento do Presídio Militar (Presmil), no local conhecido como tranca.

“Ele disse que não é atividade inerente a sua carreira de policial militar trabalhar no presídio. Ora, que haja uma reação da administração, agora colocar o sargento que tem uma folha limpa na Polícia Militar na tranca”, questionou. Gilmar contou que o militar sentiu o peso da tranca, que traz em si um simbolismo horrível. “É como se o sujeito fosse um marginal e hoje pela manhã ele se sentiu mal e foi levado ao Hospital da Polícia Militar”, disse.

O apelo feito pelo deputado Gilmar Carvalho ao comandante da PM, coronel José Carlos Pedroso – que segundo ele melhorou muito a imagem da corporação desde que assumiu o comando –, é que ele reveja essa situação. “Coloca-se na tranca marginal perigosíssimo e não há na folha de atividades e serviços prestados pelo sargento Mendonça nada que lhe coloque, nem de longe, como marginal” garantiu.

TONHO CABARÉ

Em seu pronunciamento, o deputado Gilmar Carvalho reconheceu o trabalho que vem sendo desenvolvido na cidade de Itabaiana pelo delegado de polícia Marcelo Hercos, juntamente com sua equipe de agentes e investigadores. O parlamentar contou que há alguns meses o secretário de Segurança Pública, João Eloy, lhe sugeriu, em função de suas cobranças para a elucidação do crime que vitimou Tonho Cabaré, no município, que ele não fizesse essas cobranças por algum tempo, para que aqueles que participaram do crime pensassem que não há interesse da SSP na elucidação, ao mesmo tempo que garantiu que iria chegar aos mandantes.

Na manhã desta quarta-feira, contou o deputado, houve o cumprimento de um mandato de busca e apreensão na casa de um cidadão de uma família conhecida de Itabaiana, onde foram apreendidas duas armas 380, mesmo calibre de arma usada para matar Tonho Cabaré. “Não vou aqui fazer qualquer acusação, mas fico muito satisfeito em saber que a polícia, finalmente, deu um passo visível para a elucidação do crime de que foi vítima Tonho Cabaré”, afirmou Carvalho.

O deputado disse que o delegado Marcelo Hercos informou, durante seu programa de rádio, que os dois pistoleiros que, segundo avaliação da polícia foram contratados para efetuar o crime, também foram assassinados. “Como praticamente ocorre em quase todos os crimes de mando”, completou, parabenizando o delegado e todos que trabalham para a elucidação do caso. “É necessário que a SSP, que já deu um passo importantíssimo, chegue à verdade”.

NÍVEL SUPERIOR PARA OS FUTUROS PMs

Antes de finalizar seu pronunciamento, o deputado Gilmar Carvalho chamou a atenção para o pré-projeto da Lei de Organização Básica (LOB) da Polícia Militar, que deve tramitar na Assembleia no próximo ano. Ele disse que há um pleito da PM que exige nível superior para que haja aprovação. “Quero apelar aos colegas da PM para que essa exigência seja feita apenas para os novos policiais e não para os que estão há algum tempo na polícia, porque eles entraram para a corporação dentro de uma realidade e não na que vai se construir”, disse.

CARGA HORÁRIA

Gilmar acrescentou que é preciso que se discuta na Assembléia o mais rápido possível a introdução de uma carga horária para a Polícia Militar. “Pois, mesmo com todos os avanços, o que continuamos tendo é uma carga horária que escraviza. O apelo que faço é que possamos discutir uma carga horária para a PM, que se possa dizer que respeita o princípio da dignidade da pessoa humana”, completou.

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