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segunda-feira, maio 12, 2008

Professores e servidores públicos de Canindé realizam ato público por melhores salários


Servidores protestaram contra falta de diálogo da administração municipal em atender pauta das categorias; após intervenção de Iran, Orlandinho Andrade prometeu receber professores na terça Professores da rede municipal e servidores públicos de Canindé do São Francisco, a 213 km de Aracaju, realizaram um grande ato pelas ruas da cidade na manhã de hoje, 09/05, no sentido de chamar a atenção da população local para os problemas na educação e no serviço público e também para pressionar a prefeitura a discutir com as categorias as suas pautas de reivindicação. O ato contou com as presenças do presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Básica de Ensino do Estado de Sergipe (Sintese), professor Joel Almeida, do presidente da CUT/SE, Antônio Góis, dos presidentes de sindicatos de servidores de cidades vizinhas, como Monte Alegre e Poço Redondo, e também do deputado federal Iran Barbosa (PT/SE). Para o professor José Dias, dirigente do Sintese no município, o que tem faltado por parte da prefeitura é negociação. "Nós já passamos a pauta da categoria, com o índice de reajuste que queremos, mas o prefeito nem seus secretários querem negociar, por isso fizemos esse ato, pra chamar a atenção da sociedade de Canindé, mas também a do prefeito, para que ele abra um canal de discussão com a categoria e nos passe a folha de pagamento dos professores", explicou. Segundo Dias, enquanto os professores pedem índice de reajuste salarial de 59,09%, que recupera as perdas dos últimos anos da categoria, a prefeitura de Canindé sinaliza com apenas 3% de reposição, muito abaixo, inclusive, da inflação do período. Canindé do São Francisco, graças aos royalties gerados com a usina de Xingó, tem a segunda maior arrecadação entre os municípios sergipanos (cerca de R$ 5 milhões mensais), perdendo apenas para a capital. "Ainda assim, com toda essa arrecadação, o prefeito diz que não pode dar mais que 3% porque vai atingir o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, e não nos passa a folha de pagamento dos professores pra gente saber até quanto realmente ele pode dar", reclama José Dias. No ato, ao passar em frente à Secretaria Municipal de Administração, os professores e demais servidores gritavam em alto e bom som: "Queremos a folha, queremos a folha...", numa alusão à folha de pagamentos do quadro de professores do município, que pela Lei do Fundeb, deve ser repassada aos conselheiros de educação do município quando solicitada, mas a prefeitura se recusa a repassar esses documentos. Intermediação – Para tentar superar o impasse, o deputado federal Iran Barbosa procurou o prefeito, Orlando Porto de Andrade, o Orlandinho, para tentar dialogar. Orlandinho não estava na prefeitura nem na cidade, mas por telefone conversou com Iran e, diante das colocações do parlamentar, prometeu receber representantes do Sintese, na próxima terça-feira, 13/05, às 15h, na sede da prefeitura, para uma negociação. "Coloquei pra ele que o grande impasse está na folha de pagamentos, que ele deve sim repassar para ser analisada, porque a Lei do Fundeb garante isso. Espero que, com a reunião que conseguimos agendar, as negociações avancem e que se possa redundar em propostas que signifiquem avanços pra categoria do magistério de Canindé", afirmou Iran. "O nosso mandato continuará acompanhando e estaremos sempre à disposição dessa luta, que é minha também", reforçou. Servidores – Com os demais servidores públicos do município de Canindé, a relação da prefeitura também não tem sido do diálogo. O Plano de Carreira dos servidores, por exemplo, uma das principais pautas da categoria, desde agosto do ano passado está sendo discutido exaustivamente. Já se chegou a um consenso com a Administração e o setor jurídico da prefeitura, mas há dois meses o plano está nas mãos do prefeito Orlandinho, sem que ele envie para a Câmara Municipal para ser apreciado e aprovado. Entre outros problemas, os salários dos servidores se encontram defasados, e no ano passado não houve reajuste. Segundo Edmilson Filho, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Canindé do São Francisco, é preciso que a prefeitura escute mais os seus trabalhadores e que sinalize com avanços reais, coisa que não tem sido feita desde 2005. "No ano passado, sequer tivemos reajuste. Além disso, as gratificações pagas são completamente sem critérios. Esses e outros problemas graves têm gerado grande insatisfação dos servidores, e nós não encontramos espaços para avançar. Desde 2005 estamos negociando a mesma pauta, e quase nada avançou", reclama Edmilson. "É preciso que o prefeito Orlandinho se sente com a categoria e discuta verdadeiramente os problemas, porque os trabalhadores da prefeitura estão indignados. Chega de enrolação", disse.
SINDISERVE-CANINDÉ
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Canindé de São Francisco – SE

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