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quarta-feira, abril 30, 2008



Líder da oposição destaca denúncia contra Instituto Xingó


O deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) usou a tribuna na manhã de hoje (30) para cobrar providências e explicações sobre as denúncias que envolvem o Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Xingó, órgão federal ligado à Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). A denúncia, de acordo com o parlamentar, foi tratada no Jornal da Cidade e no Jornal do Sertão.
Venâncio disse que o Tribunal de Contas da União (TCU) está investigando a aplicação de R$ 12,6 milhões pelo Instituto Xingó, localizado em Canindé do São Francisco. Segundo ele, quem presidente o órgão é Gilberto Rodrigues, tesoureiro do PSB em Pernambuco e aliado político do governador e ex-ministro de Ciências e Tecnologia, Eduardo Campos, do PSB de Pernambuco.
“Ele (o ministro) ignorou um parecer interno do ministério desaconselhando o repasse dos recursos e depois se afasta do Ministério de Ciências e Tecnologia. Reassume o mandato e assim mesmo manda emendas ao Instituto Xingó”, detalhou Venâncio. O líder da oposição disse que o TCU encontrou irregularidades na entidade, a exemplo de superfaturamento e uso de notas fiscais frias.
“Ninguém sabe onde foi parar o dinheiro. Isso lembra o caso da escola Walnir Chagas, em Aracaju, que está envolvida num escândalo de notas frias”, comentou o deputado, que lamentou a utilização de recursos públicos em entidades sem credibilidade.

Canindé
O presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Ulices Andrade (PDT), esclareceu ao líder da oposição que o Instituto Xingó, por ser uma entidade ligada a Chesf, só presta contas à União.
“O comando do Instituto Xingó não é indicado pela prefeitura de Canindé e nem pelo Estado, pois se trata de um órgão federal. Seu comando é de responsabilidade do governo de Pernambuco. Não há nenhuma relação com a prefeitura de Canindé”, disse Ulices.

O caso

A Controladoria Geral da União (CGU), o órgão do governo federal que analisa contas de estatais, encontrou problemas na prestação de contas de convênios do Instituto Xingó e da Adene. A entidade ganhou notoriedade depois de aparecer entre as entidades com irregularidades apontadas pelo TCU.
O Instituto Xingó recebeu em três anos R$ 11,2 milhões do Ministério de Ciência e Tecnologia. É dirigido pelo tesoureiro do partido em Pernambuco, Gilberto Rodrigues. A auditagem da CGU envolveu oito convênios, no valor de R$ 1,4 milhão, sendo 24% dos convênios assinados em 2006. Segundo os dados do documento, a CGU encontrou problemas em convênios que perfazem o valor de R$ 965 mil.





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