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sábado, abril 23, 2011

Sergipe pode se tornar pólo de minério em 2013



Empresa descobriu potencial de área de 16 hectares no sertão sergipano; se confirmada a produção pode chegar a 5 milhões de toneladas por ano


Área pode produzir 1 bilhão de toneladas de minério (Fotos: Portal Infonet)
Em três anos, Sergipe pode começar a produzir cerca de 5 milhões de toneladas de ferro por ano, com a criação de uma mina de mineral metálico no alto sertão. A descoberta foi feita pela empresa Atlantica Mining, que divulgou no final da manhã desta sexta-feira, 17, o resultado dos estudos preliminares na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo (Sedetec).

Até 2013 serão investidos US$ 40 milhões nos Projetos ‘Sergipe Ferro’, em uma área entre os Municípios de Gararu, Canhoba e Nossa Senhora de Lourdes, e ‘Catingueiras’, em Canindé do São Francisco.

Os primeiros dados indicam que nas duas áreas pesquisadas, totalizando uma extensão de 16 hectares, o montante de minério chega a 1 bilhão de toneladas.
Reunião teve a presença de empresários e jornalistas
Caso se confirme, a mina a ser criada na região produzirá minério de ferro durante 27 anos, gerando até 500 empregos diretos e até 1.500 indiretos.

O geologista e diretor da Atlantica, Ricardo Gallart, explicou que o próximo passo a ser dado para a confirmação da mina é uma sondagem que verificará, ainda, a verdadeira extensão da descoberta, bem como seu potencial de produção. Os dados podem indicar que a descoberta é maior do que se imagina.

“Nós descobrimos que há potencial, mas vamos ter mais um ano de pesquisas para comprovar se Sergipe se tornará um grande produtor. No final de 2011 vamos instalar uma planta-piloto, quando realizaremos testes de produção. Em até três anos a escala de produção será maior”, disse Gallart. O geólogo ressaltou ainda a qualidade do minério encontrado naquela região. O potencial de qualidade do ferro para exportação, em geral, é de 14%; em Sergipe esse índice fica entre 30% e 40%. “Isto pode elevar o Estado a um pólo de minério”, destacou.

Ricardo Gallart destacou potencial da área analisada
Para a fase de sondagem a empresa captará entre US$ 2 milhões a US$ 10 milhões com investidores brasileiros. Esses recursos são parte do montante total a ser investido para operacionalização da mina.

Diferencial

O Chief Executive Office (CEO) da Atlantica Mining, Renato Gomes, ressaltou que a área possui as melhores condições para exploração e escoamento da produção. Ele destacou, ainda, que a empresa vai analisar o impacto ambiental na região, mas ressaltou que o Rio São Francisco, que na menor distância dos projetos, está a três quilômetros, não sofrerá impacto.

Renato Gomes ressaltou as condições de exploração e escoamento do ferro

“É o único local do país que está próximo ao litoral. Além disso, o ferro será mais fácil de extrair porque aqui está na superfície. Não há nenhuma área de reserva ecológica”, reforça Gomes. Para tranporte da produção, a empresa pretende, ainda, utilizar a tecnologia denominada ‘mineroduto’, o que dispensará a construção de estradas e ferrovias específicas para a possível mina. Além disso, o porto sergipano administrado pela Vale auxiliará no transporte dos minerais extraídos.

Por Diógenes de Souza

Um comentário:

Anônimo disse...

Nova BR em SE sendo estudada I

Está no Plano Nacional de Viação, do Ministério dos Transportes, a criação de uma nova rodovia federal, que interligará a capital de Sergipe, Aracaju/Brasília. Seria a BR-349, que ainda depende de um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, sucedido do projeto de engenharia. Seria uma rodovia diagonal com 1.242,4 km. Seu ponto zero está em Aracaju, no encontro das BRs-101 e 235, e acaba no entroncamento com a BR-020, distante 323 km de Brasília, próximo à divisa da Bahia com Goiás.



Nova BR em SE sendo estudada II

A rodovia cortaria os municípios Itaporanga d´Ajuda, Pedrinhas e Tobias Barreto, em Sergipe, e Itapicuru, Olindina, Teofilândia, Conceição do Coité, Nova Fátima, Capela do Alto Alegre, Mundo Novo, Utinga, Seabra, Ibitiara, Ibipitanga, Macaúbas, Bom Jesus da Lapa, São Felix do Coribe, Santa Maria da Vitória e Correntina. A partir de Bom Jesus da Lapa a rodovia já existe. O trecho entre Bom Jesus e Santa Maria da Vitória, cerca de 79 km, já está recuperado. Informações do Rodovias & Vias.

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