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sexta-feira, dezembro 04, 2009

Cadeia para José Roberto Arruda é pouco.

Merecia uma surra toda dia, durante 50 anos

O publicitário baiano Marco Gavazza encontrou a mais criativa solução para extinguir a corrupção no Brasil: “Tombá-la como Patrimônio Imaterial. Fica oficial, deixa de ser escândalo e vira cultura”.

Stanislaw Ponte Preta dizia: “Ou nos locupletamos todos ou se restabeleça a moralidade”. O descarado governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, envergonha pelo cinismo. Para ele, cadeia é pouco. O ideal seria aplicar no meliante uma surra diária de 50 chibatadas durante 50 anos.

O ex-tucano, sete anos após ressurgir das cinzas políticas, depois de ter renunciado ao posto de senador (para não ser cassado), elegeu-se deputado federal (2002) pelo Demo. Votação estrondosa: 324.248 votos (ou impressionantes 26,6% dos votos válidos para deputado federal). Em 2006 foi eleito governador da capital federal.

Numa cidade acostumada a conviver com exibições grotescas de todo tipo de privilégio e desperdício de dinheiro público, José Roberto Arruda chegou pela contramão. Demitiu funcionários, pôs as contas em ordem, enfrentou grevistas e freou um processo histórico de invasão de terras públicas. O povo respondeu com 74% de aprovação a seu governo.

Não subornar e não aceitar suborno. Subornar e aceitar suborno. Difícil escolha? Não para alguém com reeleição garantida com folga, porquanto tinha um governo amplamente aprovado. José Roberto Arruda não precisava locupletar-se. Como explicar tamanha imbecilidade (ou ganância) senão pela ótica de ser a corrupção outro indissociável patrimônio imaterial do Brasil? Marco Gavazza tem razão...


David Leite

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